quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Diferenças no dia a dia

Hola, guapas!

Esses dias li um texto muito bacana falando de sete coisas que acontecem aqui na Espanha que poderiam ser copiadas pelo Brasil.
Algumas delas, eu compartilho com muita convicção, outras ainda não vivenciei para falar sobre tal.
Por isso, hoje quero falar desses pontos, a partir do meu olhar, e que simplesmente me encantam aqui.

1. Faixa de pedestre


Todo mundo já ouviu falar que o pedestre tem total prioridade quando se está em uma faixa de pedestre. Correto?! Sim, só na teoria, quando se trata de Brasil. 
Mas aqui não. O simples fato de se aproximar de uma, os carros já dão passagem. E não pense que os pedestres dão aquela corridinha e o sinal de joinha por eles terem sido gentis em dar passagem. Eles fazem isso porque é dever do condutor. 
E em contrapartida, a maioria dos pedestres atravessa apenas na faixa. É muito raro ver alguém cortando o caminho. 

2. Lixo no Lixo

Essa coisa de lixo espalhado em todo canto, aqui não existe. As cestas são bem localizadas nas ruas e as pessoas não têm tanto costume de jogar o lixo no chão. Sem contar que, o serviço de coleta é bem diferente. As pessoas saem das suas casas com seu lixo e depositam em caçambas bem grandes. Já separado de acordo com a sua classificação para reciclagem.  O caminhão vem, recolhe essas lixeiras com um braço mecânico, tipo um robô, esvaziando e colocando as caçambas no mesmo lugar. 
Existe uma outra forma dessas caçambas também, que são as lixeiras subterrâneas. Ou seja, nada de juntar todos os lixos em uma esquina para depois passar os profissionais e recolherem. 

Lixeiras subterrâneas


Ahhh... e tem outra coisa bem bacana aqui também. Os contenedores laranjas - Roba Amiga. Aquela roupa, sapato ou bolsa que você não quer mais, pode ser colocada dentro desse "armários". De tempo em tempo a Cooperativa Roba Amiga recolhe  e dá uma segunda vida a essas roupas usadas. Além de reduzir o impacto ambiental, ainda proporciona trabalho e ajuda os mais carentes.


3. Lixo do banheiro dentro do vaso


Quando cheguei aqui, isso me deixou um pouco preocupada. Como assim, jogar todos os papéis usados dentro do vaso?! Vai entupir tudo... rsrsrs
Não!!! Isso não vai entupir nada...
Os europeus não conseguem se imaginar colocando os papéis usados dentro de lixeiras. Acham um verdadeiro asco. E se a gente for parar para pensar, realmente não é a coisa mais higiênica a se fazer.
Então, a lixeira só é usada para coisinhas que não podem ir no vaso sanitário mesmo.

4. Vendedores 

Sabe aquele vendedor ávido por bater a meta, que te busca do lado de fora, enquanto você simplesmente está olhando uma vitrine? Pois é, aqui não tem isso. 
A única coisa que eles fazem é te dar um hola quando você chega. E qualquer coisa que precisar, aí sim, é só procurar por qualquer vendedor, que ele te ajudará. Isso não é incrível?

5. Ônibus

Por aqui, os ônibus passam em dois horários. Qualquer hora e quinze minutos, ou, quinze para qualquer hora. Não sei se é assim em cidades maiores, mas onde moro, que é um pueblo, é assim.
Os motoristas, pelo menos os que eu tive a sorte de pegar, são bem educados. Sempre dão bom dia, esperam com paciência o idoso se sentar ou descer do ônibus e muitas vezes dão um tchau na hora que você vai embora.
Aqui não existe cobrador, ou seja, o motorista faz os dois trabalhos. Mas você pode estar se perguntando: Tá, mas que diferença há nisso com o Brasil? Aliás, isso é bem mal visto por aí, já que ele acumula duas funções e isso atrapalha todo o andamento e horários das linhas.
Pois a diferença que há aqui é simplesmente na compra da passagem de ônibus. Existe um incentivo em comprar cartões que visam facilitar a sua vida e a do condutor. Ou seja, a passagem custa 1,50 - se você pagar por dez dias em dinheiro, direto com o motorista, sairá no final 15,00 euros. Mas, se você preferir comprar um cartão antecipado, já com essas 10 passagens, ele custará 10,00 euros. Uma grande ajuda financeira para você e uma facilidade ao motorista também.
Não é bacana essa iniciativa?

Então é isso... por enquanto são esses pontos que têm me chamado atenção no meu dia a dia  e eu queria compartilhar com vocês.

Espero que tenham gostado deste post.

Até a próxima,

Beijokas












sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Qual o tipo do meu cabelo?

Hola, guapas!

Hoje meu post é  uma reflexão sobre essa pergunta: "Qual o tipo do meu cabelo?".


Para as pessoas que seguem blogs e páginas no Facebook voltados ao cabelo crespo/cacheado, imagino que estejam mais que acostumadas a verem diariamente alguém fazendo esse questionamento. Certo?!
Pois bem... Por esse motivo, resolvi escrever o meu ponto de vista sobre isso. Mas, vou precisar voltar um pouco ao tempo para quando eu decidi deixar meu cabelo mais crespo.

Eu não passei pela transição. Quem me conhece sabe que eu sempre gostei muito de mudar. Já usei o cabelo raspado, escovado, mega hair, cacheado com babyliss, alguns estilos de tranças e por fim, o que estou hoje, black.
A minha decisão de mudar o cabelo aconteceu de forma natural. Isso foi mais ou menos em 2008 para 2009, acredito eu... Um belo dia, cansada de fazer cachos com babyliss, fui ao banheiro e raspei novamente o cabelo (porque eu já havia feito isso em meados de 2000).
A forma que eu cuidava era um leve relaxamento para amaciar e gel. E esse foi o meu estilo ao longo dos dias/meses... E ele foi crescendo, no tempo dele. Sem desespero, sem shampoo bomba, naturalmente.

Naquela época, eu não conhecia nenhum blog ou página crespa. Os produtos que eu usava, era os que alguma vendedora me indicava ou os que eu via que poderiam dar  certo pra mim. Sem neura, sem pânico, e tampouco, sem me preocupar se daria cachos ou não.
Eu morava nessa época em Cabo Frio. E para quem conhece, sabe que em determinadas épocas do ano, venta muitooooooo. E para mim era ótimo. Eu lavava o cabelo, passava um creme qualquer e ia trabalhar deixando ele secar ao vento.
Lógico que eu chegava descabelada, mas eu nem me importava. Só levantava um pouco a raiz, colocava um mecha aqui e outra ali, às vezes colocava um flor e pronto, linda para começar o dia.

O tempo passou, meu cabelo desenvolveu bem e em 2012 voltei para Belo Horizonte. Não sei o que aconteceu, mas meu cabelo sentiu a diferença, mais uma vez, da água rsrs (sempre acho que a culpada é ela quando meu cabelo se revolta rsrs). Daí quebrou, caiu e não ficou mais da forma que era antes. Com isso, comecei a usar um mega hair crespo, bem parecido com o meu cabelo, antes disso tudo acontecer.

Fui procurando na internet, dicas de como cuidar e ajudar meu cabelo a se recuperar. Daí, descobri as páginas e blogs que falavam tudo sobre o cabelo crespo. E depois que tirei o mega, a minha rotina começou a ser essa: comprar cremes, experimentar técnicas de finalização e pensar como o cabelo ficará no dia seguinte. Mas o que aconteceu com aquela Cristiane que cuidava do black tranquilamente e ele respondia super bem?
É essa pergunta que eu quero deixar à vocês para me ajudarem a refletir...  O que eu quero dizer com tudo isso?!

Antes desse boom do cabelo crespo, as coisas pareciam ser mais simples. Eu não sabia o que era transição, BC, fitagem, metódo banding, e entre outras muitas técnicas de finalização e cuidados. A umectação, era o famoso banho de óleo. A hidratação, nutrição e reconstrução, era simplesmente um banho de creme.

Hoje, temos uma gama de cremes e cuidados que podemos fazer com os nossos fios. E isso foi bom? Lógico que foi. Agora, a indústria da beleza conseguiu perceber que não existe apenas cabelos lisos ou cacheados. E que os nossos precisam tanto de produtos e atenção como os outros. E muitas meninas aprenderam a olhar os seus cabelos de outra maneira e a saber como cuidar dele.

Mas por outro lado, as pessoas ficaram neuróticas com a forma e textura do fio.
Vejo meninas que acabaram de fazer o BC (Big Chop - grande corte retirando toda a química do fios), desesperadas querendo saber qual é o tipo do seu cabelo.
Como assim? Às vezes, o cabelo só tem poucos centímetros, mas a preocupação em saber se ele vai cachear, se será um 4A, B ou C é muito maior do que o simples querer cuidar e desfrutar do seu cabelo.
São muitas referências de cabelos maravilhosos que temos hoje. Mas eu acho importante também, abrir o leque de opções. Procure uma blogueira ou vlogueira que tenha uma textura parecida com a sua, justamente para não se frustar.
Às vezes vejo e sinto um medo nas meninas que o cabelo seja classificado como um 4C, que acho até engraçado. Cuidaaaaaado, para não entrarem em outra ditadura; a dos cachos perfeitos.
Hoje entendo que os nossos fios precisam de cuidados e de uma certa atenção. Mas isso não pode se tornar a nossa única preocupação e nem obsessão.
Pra vocês terem uma ideia de que eu não estou exagerando. Uma vez, li um post de uma garota indicando passar amaciante de roupas no cabelo. Entende o que eu quero dizer? Loucura, gente... As pessoas começam a surtar! Lógico que todo mundo falou muito com ela, mas algumas já estavam com aquela pontinha de curiosidade, querendo testar.

Por isso, quis fazer esse post, porque há muito tempo estava com vontade de falar sobre esse assunto.

Então é isso, vamos cuidar dos nossos fios, fazer uso da facilidade que temos hoje que é encontrar produtos voltados a nossa necessidade real. E desfilar nossos crespos do jeito que for. Se você gosta de fazer a fitagem, metódo banding, tranças, faça o que te deixa confortável. E não por achar que tem a obrigação de ter um cabelo "aceitável" para os outros.
Liberdade é ser o que você é! Seja com química, seja natural, seja da forma que for.

E para você que tem curiosidade em saber qual a textura parecida com o seu fio, segue mais uma foto para poder te ajudar identificá-lo, ok?!


Espero que tenham gostado!

Até a próxima,

Beijokas




Obs:
*Essas duas fotos foram retiradas da internet.